Justiça prorroga prisão de ex-assessor de Benassi

A Justiça autorizou hoje a prorrogação da prisão do ex-assessor do vereador Sérgio Benassi (PCdoB), Lidiomar José Dorneiro de Oliveira, por mais cinco dias. O delegado Eduardo Miraldi pediu a ampliação do prazo porque amanhã Lidiomar, que é acusado de tentar extorquir o parlamentar, deveria ser solto. De acordo com a Polícia, Lidiomar teria exigido a quantia de R$ 250 mil para depor favoravelmente como testemunha em um processo que corre na Justiça Eleitoral de cassação de mandato de Benassi por abuso de poder econômico e político nas eleições do ano passado.
Na semana que vem, o delegado vai relatar o inquérito e vai pedir a prisão temporária – de até 90 dias – do ex-assessor. E na segunda o delegado espera ouvir o ex-vereador e primeiro suplente da coligação que elegeu Benassi, Noel Cordeiro Teixeira (PR), o Noel da Loja 11, que é apontado como uma das pessoas que estariam dando 'guarida' para Lidiomar chantagear Benassi. Ele foi preso após apreensão de fitas onde constam diálogos que mostram a exigência do dinheiro. A Polícia apreendeu ainda duas folhas de fax onde estão anotadas as contas bancárias onde deveriam ocorrer os depósitos.
Lidiomar foi tesoureiro de Benassi em três campanhas eleitorais. E quando da ação de cassação de mandato do parlamentar, Lidiomar e outros três assessores foram arrolados como testemunhas de defesa de Benassi. Porém, o ex-tesoureiro passou a ser testemunha de acusação no processo e disse que Benassi utilizou caixa dois na campanha do ano passado.

O delegado também ainda não conseguiu prender um guarda municipal de Paulínia e ex-presidente do PCdoB desta cidade. Ele é apontado como o intermediador entre Benassi e Lidiomar nas negociações de cobrança da propina.

Na Câmara a denúncia caiu como uma bomba. Muitos parlamentares avaliam que, apesar de o ex-tesoureiro ter perdido credibilidade por chantagear Benassi, ele poderá ser uma ameaça real contra o mandato do comunista – que vai ser candidato a deputado estadual nas eleições do ano que vem. Desde que o caso veio à tona, Benassi silenciou.

(fonte: Blog Diálogos Políticos)